Compositor: Charles Aznavour / Robert Gall
Eles vieram
Estão todos ali
Assim que ouviram aquele grito
Ela vai morrer, mamãe
Eles vieram
Estão todos ali
Mesmo os do Sul da Itália
Há até Giorgio, o filho maldito
Com os braços cheios de presentes
Todos os filhos brincam em silêncio
Ao redor do leito sobre os azulejos
Mas suas brincadeiras não têm importância alguma
São um pouco seus últimos presentes
À Mamãe
Ela é aquecida por beijos
Levantam-lhe o travesseiro
Ela vai morrer, Mamãe
Virgem Maria, cheia de graça
Cuja estátua está na praça
Com certeza, estais estendendo-lhe os braços
Cantando-lhe Ave Maria
Ave Maria
Há tanto amor, tantas lembranças
Ao redor de ti, de ti, Mamãe
Há tantas lágrimas, tantos sorrisos
Através de ti, de ti, Mamãe
E todos os homens tiveram tanto calor
Nos caminhos de sol alto
Ela vai morrer, Mamãe
Que bebam fresco o vinho novo
O bom vinho da boa videira
Enquanto se amontoam, em desordem
Nos bancos, lenços e chapéus
É estranho, ninguém se sente triste
Perto da cama de casal, da afeição
Há até um tio violonista
Que toca prestando atenção
À mamãe
E as mulheres, lembrando-se
Das canções tristes dos velórios
Ela vai morrer, mamãe
Baixinho, com os olhos fechados
Cantam como se embala uma criança
Depois de um dia bom
Para que ela sorria ao adormecer
Ave Maria
Há tanto amor, tantas lembranças
Ao redor de ti, de ti, Mamãe
Há tantas lágrimas, tantos sorrisos
Através de ti, de ti, Mamãe
Que nunca, nunca, nunca
Tu nos abandonarás