Compositor: Charles Aznavour / Georges Garvarentz
Olhe para mim!
Estou em carne viva, estou no limite
Eu ando esbarrando em tudo
Longe dos seus olhos, meus olhos ficam loucos
Por você
Estrangularei minha raiva
Por você
Domarei a tempestade
Esmagando em um só golpe
O tempo dos lobos
Ouça-me!
Eu, que tenho um coração que nada mais é do que um grito
Entre o inferno e o infinito
Mudarei de Deus, de vida
Por você
Abafando minha violência
Por você
Inventarei a infância
Que rejeita
O tempo dos lobos
Eu quero, na ondulação de seus olhos
Afogar meus ódios
E na seda de seus cabelos
Trançar minhas correntes
Para ver, no vento
Do amor que treme
Dia após dia
Desaparecer o tempo dos lobos
Beije-me!
Eu valho o que valho, nada mais
Tenho garras e dentes afiados
Mas tenho sonhos no coração, você quer?
Por você
Eu serei, por ternura
Por você
De carne e fraqueza
Queimando, por nós
O tempo dos lobos
Meu passo, separado do seu passo
Corre em direção ao abismo
Sem você eu seria um pária
Uma vítima
Venha e me puxe de um passado
Que amarra
O meu tempo de amar
Apague o tempo dos lobos
Ande comigo
Pois quero acreditar com sinceridade
Que, nos labirintos do seu coração
Nasce um mundo quando o outro morre
Por você
Com minha profunda fé
Por você
Entrarei neste mundo
Livre de tudo
Deixando bem longe de nós
O tempo dos lobos