Compositor: Charles Aznavour
De ter-te amado, amado como um louco
Amado de joelhos, muito mais que de pé
Até não mais dormir, até não mais comer
O que me resta de ter-te amado?
De ter-te amado, com a alma e os olhos
Até esquecer o nome de Deus
Para não ter mais senão um nome a gritar
O que me resta de ter-te amado?
Resta só minha voz, de repente, sem eco
Restam só meus dedos, que não agarram nada
Resta só minha pele, que procura tuas mãos
E, principalmente, o medo, de ainda te amar amanhã
Quase morto
De ter-te amado, amado com dor
Até me dilacerar o ventre e o coração
Até morrer, até me condenar
O que me resta de ter-te amado?
Não me resta mais que um amor
Que tu vens despedaçar