Compositor: Charles Aznavour / Georges Garvarentz
Ser, é o renascimento
Numa madrugada
Sob uma lua cor de sangue
Ao final de um inverno moribundo
Ser é emergir do silêncio
Ver o sol brilhar
Dentro de meu coração gelado
Pressentindo uma primavera melhor
Ser, é a fruta e a semente
Num solo árido
Florescendo no exílio
Como uma árvore que eclode em abril
Ser, é aprende a se conhecer
Fechar os olhos abertos
E não ser nada mais
Que a carne
Para amar até que a morte
E bem além, talvez
Ser, é separar a alma do corpo
Para amar até que a morte
E mesmo além dela
Ser, é a voz de meus insucessos
O verbo encontrado
Para inocentar os meus erros
Juntando as palavas pelo caminho
Ser, é fugir das armadilhas
E de todos lugares comuns
Desativar meus vulcões
Domar e cavalgar meu tempo
Seja o gesto envolvente
O futuro reescrito
O retorno do artista
Ao simples ritual de amor
Ser, é morrer para renascer
Das mensagens do passado
E não ter nada que não seja
Vivo
Para amar até que a morte
E bem além, talvez
Ser, é separar a alma do corpo
Para amar até que a morte
E mesmo além dela